Força não é aguentar tudo. É parar antes de te perderes.

Publicado em 5 de outubro de 2025 às 16:36

Tu aprendeste a sofrer em silêncio e continuar funcional.
E o mundo aplaudiu essa resistência como se fosse virtude, quando, na verdade, era sobrevivência.

Na psicologia, esta diferença é fundamental.
A força nasce da consciência; a sobrevivência, do instinto.

A força permite-te cuidar, pausar, pedir ajuda, reorganizar-te. A sobrevivência obriga-te a resistir, a suportar, a desligar de ti para não colapsar.

✓ A força constrói.
✓ A sobrevivência apenas te mantem de pé.

 

E o mais cruel é que vivemos numa sociedade que glorifica o “aguenta”.
Que te elogia por não faltar ao trabalho, por continuares a sorrir, por nunca reclamares, sem imaginar o preço disso por dentro.

Que elogia quem não para, quem não desaba, quem continua a funcionar mesmo com a alma em ruínas.


Mas a verdade é que não há medalha em sangrar por dentro.
Não há virtude em permanecer inteira só por fora.

 

Mas a verdade é que não há virtude em sobreviver à custa de ti.
Não há mérito em sangrar em silêncio só para provar que és capaz.

 

🌿 A cura começa quando deixas de resistir

Cuidar não é desistir, é voltar a ti.


É recomeçar devagar, sem pressa de estar bem, sem fingir que já passou.
A cura não chega pelo esforço de continuar igual; chega pela coragem de mudar o que te rasgou.

Cura é aprender a dizer “chega” sem culpa.

• É dormir quando o corpo pede descanso.
• É chorar sem pedir desculpa.
• É reconhecer que o amor próprio também se pratica nos dias em que não há energia para mais nada.

A cura começa quando paras de te castigar por estar cansada.
Quando percebes que não precisas de provar a tua força ao mundo.
Basta não te abandonares mais.

E se um dia voltares a cair, porque a vida é cíclica e o cansaço é humano, lembra-te disto:
sobreviver foi o que te manteve viva,
mas curar-te é o que te vai permitir viver em paz.

Força é parar quando dói.
É chorar quando é preciso.
É reconhecer: “não consigo mais assim”, e mudar o rumo, mesmo que o mundo chame fraqueza.

A sobrevivência cala o corpo.
A força escuta-o.

E talvez o teu maior ato de coragem seja este:
deixar de sobreviver para, finalmente, começar a viver.

 

Cura não é continuar forte.
É permitir-te parar sem culpa.

 

🌻 Bárbara Pereira


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