O que é que te diria a tua criança interior?

 

Talvez dissesse menos do que imaginas, mas tudo o que esqueceste de ouvir.
A Menina Girassol é a minha criança interior, aquela que ficou guardada entre cadernos, sonhos e silêncios.


É ela quem vai falar aqui, com a inocência que o tempo não conseguiu roubar, e a lucidez que só vem de quem já chorou cedo demais.

 

Vai falar de amor, de fé, de medo, de cansaço.


Vai falar das pequenas grandes coisas que o mundo crescido esqueceu.


E, às vezes, vai só sentar-se ao sol, para nos lembrar que a cura também mora no silêncio, na presença simples e na ternura.

🌻


Dizem que toda mulher adulta guarda uma menina no coração.


A minha chama-se Girassol.


Não nasceu num jardim perfeito, nasceu da terra dura, onde o sol às vezes parecia não chegar.


Mas aprendeu a virar-se para a luz, mesmo quando ninguém a ensinou como.

 

A Menina Girassol é a minha voz antes das certezas. É a que sente antes de entender, a que chora antes de pedir ajuda, a que sonha mesmo quando tem medo.
Ela não escreve para ser lida, escreve para se lembrar que ainda existe.

Aqui, neste canto do Bem-Me-Quero, ela fala.


Fala das pequenas coisas que os adultos esquecem, das feridas que ainda ardem e das ternuras que sobrevivem a tudo.


Não tem filtros nem disfarces: só palavras simples, verdadeiras, quase sussurradas.

Talvez encontres nela um pedaço de ti , a tua própria criança, a que ficou à espera de ser ouvida.


Se ficares por aqui, senta-te devagar.


A luz é suave.


E tudo o que se diz neste lugar, diz-se com o coração nas mãos.

 

🤍✨
Bárbara Pereira — Bem-Me-Quero

 

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O sonho da Menina Girassol

Dizem-me que sonhar é coisa de criança, e eu quase acreditei, até perceber que quem deixa de sonhar é que adormece para a vida. E talvez seja mesmo coisa de criança. Mas eu nunca quis deixar de o ser. Eu não quero ser grande, quero ser eterna no espanto, na inocência, na novidade da primeira vez.Quero continuar a ver magia nas coisas pequenas: no vento que dança com as flores, no cheiro do pão quente, nas mãos que seguram sem pedir nada em troca.

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