O medo não é inimigo. É a ponte entre o que conheces e o que podes ser.

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 11:50

Medo é só a prova de que estou a sair do sítio onde era pequena.

O medo é uma emoção primária, parte do nosso instinto de sobrevivência.

Ativa o sistema nervoso simpático, preparando o corpo para lutar, fugir ou paralisar.

✓ É útil quando há perigo real.

✓ Mas torna-se limitador quando reage a situações que não são ameaça, apenas novidade.

Muitas vezes confundimos desconforto com perigo.

E é aí que o medo deixa de proteger e passa a aprisionar.

Sempre que arriscamos sair da zona de conforto, ele grita, não porque haja perigo real, mas porque estamos a deixar um lugar conhecido/familiar.

 

🧠 O que a psicologia ensina

O medo é, muitas vezes, memória.

Eco de experiências antigas que nos ensinaram: “não arrisques, não fales, não cresças.”

Por isso, quando dás passos novos, é natural que ele se manifeste como se fosse um alerta de perigo, quando na verdade é apenas sinal de movimento.

 

✓ O medo é a voz da criança interior que aprendeu a sobreviver em espaços pequenos.

E agora, quando ousas ocupar mais mundo, ela assusta-se.

 

🌱 A zona de conforto

Na psicologia, a “zona de conforto” é o espaço previsível, onde tudo parece seguro.

Não exige esforço extra, não cria risco, não causa stress imediato.

 

Mas há um problema:

✓ A zona de conforto protege, mas também estagna.

✓ Mantém-te segura, mas não te deixa crescer.

 

Logo ao lado dela existe a zona de crescimento: o espaço onde a vida se transforma.

Só que, para lá entrar, é preciso atravessar a ponte do medo.

 

💭 No senso comum

 

Chamamos “zona de conforto” a qualquer lugar onde nos sentimos seguros e habituados.

É aquela rotina conhecida, onde já sabemos o que esperar: o mesmo emprego, a mesma relação, os mesmos hábitos.

Dizemos “conforto” porque não exige esforço, não causa fricção, não obriga a sair do piloto automático.

 

🧠 Mas na realidade…

 

Muitas vezes, essa “zona de conforto” não tem nada de confortável.

✓ Pode ser um trabalho que detestamos, mas que paga as contas.

✓ Uma relação que já não alimenta, mas que mantém a aparência de estabilidade.

✓ Um hábito que nos limita, mas que é mais fácil manter do que mudar.

 

O que existe não é conforto, mas estagnação.

É o cérebro a preferir o conhecido ao desconhecido, porque biologicamente gasta menos energia e parece menos arriscado.

 

🌿 Por isso

 

Chamamos “zona de conforto”, mas muitas vezes é:

– Zona de sobrevivência.

– Zona de anestesia.

– Zona de medo disfarçado de paz.

 

A verdadeira zona de conforto não é onde não há desafio, mas onde há equilíbrio.

✓ Onde a segurança e o crescimento convivem.

✓ Onde existe descanso, mas também espaço para expandir.

 

🌿 O caminho da cura

 

• Escutar o medo sem lhe dar controlo.

• Reconhecer: “Estou assustada porque estou a crescer, não porque estou em perigo.”

• Transformar o medo em sinal de expansão: se ele aparece, é porque estás a avançar.

• Dar colo à criança interna que aprendeu a viver em espaços pequenos.

• Sair da zona de conforto em passos pequenos, mas consistentes, até que o novo se torne familiar.

 

💬 Em termos simples

 

• O medo é um alarme.

• A zona de conforto é um casulo.

• Crescer é aprender a distinguir entre o que te ameaça e o que apenas te desafia.

 

 

Reflexão

📌 Fala-me mais sobre isso…

 

✍️ E se o medo que sentes não fosse sinal de perigo, mas de crescimento?

✍️ O que na tua vida já não é conforto, mas prisão?

✍️ E se o medo fosse apenas a tua alma a avisar-te que estás a abrir espaço para crescer?

✍️ Quantas vezes já confundiste sair da tua zona pequena e limitadora, com estar em risco?

 

⚠️Lembrete:

O medo não é o inimigo, é apenas o lembrete silencioso de que estás a atravessar terreno desconhecido.

A força, por sua vez, é a centelha de fé que te impele a seguir em frente, mesmo com o coração a tremer. Aprender a equilibrar os dois é como pedalar e respirar ao mesmo tempo: o movimento só acontece quando ambos se encontram em harmonia. E é nesse ponto que nasce a verdadeira maturidade emocional, quando já não foges do medo, mas também não deixas que ele dite o rumo da tua vida.

 

Bárbara Pereira ✨ 

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