Medo é só a prova de que estou a sair do sítio onde era pequena.
O medo é uma emoção primária, parte do nosso instinto de sobrevivência.
Ativa o sistema nervoso simpático, preparando o corpo para lutar, fugir ou paralisar.
✓ É útil quando há perigo real.
✓ Mas torna-se limitador quando reage a situações que não são ameaça, apenas novidade.
Muitas vezes confundimos desconforto com perigo.
E é aí que o medo deixa de proteger e passa a aprisionar.
Sempre que arriscamos sair da zona de conforto, ele grita, não porque haja perigo real, mas porque estamos a deixar um lugar conhecido/familiar.
🧠 O que a psicologia ensina
O medo é, muitas vezes, memória.
Eco de experiências antigas que nos ensinaram: “não arrisques, não fales, não cresças.”
Por isso, quando dás passos novos, é natural que ele se manifeste como se fosse um alerta de perigo, quando na verdade é apenas sinal de movimento.
✓ O medo é a voz da criança interior que aprendeu a sobreviver em espaços pequenos.
E agora, quando ousas ocupar mais mundo, ela assusta-se.
🌱 A zona de conforto
Na psicologia, a “zona de conforto” é o espaço previsível, onde tudo parece seguro.
Não exige esforço extra, não cria risco, não causa stress imediato.
Mas há um problema:
✓ A zona de conforto protege, mas também estagna.
✓ Mantém-te segura, mas não te deixa crescer.
Logo ao lado dela existe a zona de crescimento: o espaço onde a vida se transforma.
Só que, para lá entrar, é preciso atravessar a ponte do medo.
💭 No senso comum
Chamamos “zona de conforto” a qualquer lugar onde nos sentimos seguros e habituados.
É aquela rotina conhecida, onde já sabemos o que esperar: o mesmo emprego, a mesma relação, os mesmos hábitos.
Dizemos “conforto” porque não exige esforço, não causa fricção, não obriga a sair do piloto automático.
🧠 Mas na realidade…
Muitas vezes, essa “zona de conforto” não tem nada de confortável.
✓ Pode ser um trabalho que detestamos, mas que paga as contas.
✓ Uma relação que já não alimenta, mas que mantém a aparência de estabilidade.
✓ Um hábito que nos limita, mas que é mais fácil manter do que mudar.
O que existe não é conforto, mas estagnação.
É o cérebro a preferir o conhecido ao desconhecido, porque biologicamente gasta menos energia e parece menos arriscado.
🌿 Por isso
Chamamos “zona de conforto”, mas muitas vezes é:
– Zona de sobrevivência.
– Zona de anestesia.
– Zona de medo disfarçado de paz.
A verdadeira zona de conforto não é onde não há desafio, mas onde há equilíbrio.
✓ Onde a segurança e o crescimento convivem.
✓ Onde existe descanso, mas também espaço para expandir.
🌿 O caminho da cura
• Escutar o medo sem lhe dar controlo.
• Reconhecer: “Estou assustada porque estou a crescer, não porque estou em perigo.”
• Transformar o medo em sinal de expansão: se ele aparece, é porque estás a avançar.
• Dar colo à criança interna que aprendeu a viver em espaços pequenos.
• Sair da zona de conforto em passos pequenos, mas consistentes, até que o novo se torne familiar.
💬 Em termos simples
• O medo é um alarme.
• A zona de conforto é um casulo.
• Crescer é aprender a distinguir entre o que te ameaça e o que apenas te desafia.
✨ Reflexão
📌 Fala-me mais sobre isso…
✍️ E se o medo que sentes não fosse sinal de perigo, mas de crescimento?
✍️ O que na tua vida já não é conforto, mas prisão?
✍️ E se o medo fosse apenas a tua alma a avisar-te que estás a abrir espaço para crescer?
✍️ Quantas vezes já confundiste sair da tua zona pequena e limitadora, com estar em risco?
⚠️Lembrete:
O medo não é o inimigo, é apenas o lembrete silencioso de que estás a atravessar terreno desconhecido.
A força, por sua vez, é a centelha de fé que te impele a seguir em frente, mesmo com o coração a tremer. Aprender a equilibrar os dois é como pedalar e respirar ao mesmo tempo: o movimento só acontece quando ambos se encontram em harmonia. E é nesse ponto que nasce a verdadeira maturidade emocional, quando já não foges do medo, mas também não deixas que ele dite o rumo da tua vida.
Bárbara Pereira ✨
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