🧼🌻 Limpeza Emocional: Não Sou Caixote do lixo 🚯, sou Amor ❤️ .

Publicado em 24 de novembro de 2025 às 12:35

Eu não tenho o coração perfeito. Nem aspirador emocional 2.0, nem incenso premium para purificar traumas alheios com aroma a lavanda mística. Tenho é coração limpo, e isso não significa santidade. Significa apenas uma coisa: não aceito lixo emocional como decoração.

E aqui entra o drama das relações, das amizades, da vida social, da família, dos empregos e de todos os “bons dias” com energia de quinta-feira tóxica: há pessoas que aparecem na tua vida não para partilhar, mas para despejar.

Não conversam — descarregam.

Não pedem ajuda — subentendem que tu tens de aguentar.

Não agradecem — só aliviam necessidades e seguem.

 

E durante anos fomos ensinadas a chamar a isso “ser altruísta”, “ter bom coração”, “empatizar”.

Não, amor. Chama-se ser esponja humana.

E uma esponja, quando absorve demasiado, fica a cheirar a podre.

Como já partilhei contigo, tenho um defeito (ou qualidade, depende da sanidade mental do dia): ver sempre o lado bom das pessoas.

Durante anos achei que isso era virtude, quase um dom espiritual, um carimbo de “boa pessoa”. Até que a vida, muito educadamente, me deu um estalo de realidade: ver o lado bom de toda a gente não me torna iluminada… às vezes só me torna alvo. E cansada. Exausta. 

Porque a verdade é esta: há pessoas que não trazem luz — trazem lixo emocional.

E nós, na ingenuidade do coração, fazemos o quê? Abrimos a porta, oferecemos chá, tiramos os sapatos, acendemos velas e ainda lhes guardamos o casaco da frustração pendurado dentro de nós.

 

🧽 Há quem limpe a casa e esqueça a alma

É curioso: há pessoas impecáveis por fora, casa cheira a lavanda, carro aspirado, unhas perfeitas, mas por dentro, vivem com mágoas acumuladas como quem junta sacos de lixo “para depois levar”.

Guardam ressentimentos “porque um dia vão ver”.

Guardam relações e trabalhos tóxicos “porque não é assim tão mau”.

Guardam desculpas que nunca receberam “porque alguém tem de ser o adulto maduro".

Resultado?

A alma ganha cheiro a azedo. E começa a vazar nos ombros, no peito, nas insónias, na ansiedade, em cansaços que não têm explicação médica.

 

🧤 Higiene emocional não é opcional

Não é luxo, não é terapia gourmet, não é incenso premium tamanho XXL.

É básico: devolver o que não é teu; não carregar culpas de quem nunca pediu desculpa; não fazer limpeza emocional de gente adulta que nunca lava o próprio prato e, não colecionar magoazinhas como cromos da Panini.

É simples: Quem suja — limpa.

Quem estraga — repara.

Quem pesa — sai.

Sim, existe higiene emocional.

Só não vem em frasco, nem em supermercado. E não dá para comprar a promoção “3 traumas por 2 curas”.

 

Higiene emocional é simples e profundamente inconveniente:

✓ tomar banho nas nossas verdades

✓ escovar os limites antes de falar

✓ lavar o excesso de empatia que damos a quem não sabe receber

✓ esfoliar as culpas que não são nossas

✓ hidratar a autoestima antes de hidratar o cabelo

e, principalmente, não perfumar relações que já cheiram mal.

É curioso: ficamos chocadas com quem sai à rua sem desodorizante, mas convivemos com gente que não lava o caráter há décadas. E ainda tentamos “cheirá-lo com compreensão”.

Acorda, mulher real: empatia sem filtro dá alergia.

E amor sem higiene emocional vira intoxicação afetiva.

 

🥺 “E se a pessoa não muda?”

Então tu mudas de lugar, não de alma.

Porque coração não é aterro sanitário.

Alma não é reciclagem de traumas alheios.

E tu não és caixote de ninguém.

 

Estás a aprender a distinguir: há pessoas para amar, e há pessoas para devolver ao Universo com etiqueta de devolução “não serve ao meu tamanho emocional”.

 

🥀 Quando começas a curar…

Tudo aquilo que antes encaixava perfeitamente começa a parecer exagero.

O que era rotina, torna-se tóxico.

O que antes chamavas de “normal” revela-se excesso.

 

É como um palato que se desabituou do açúcar: Depois de te limpares por dentro, aquilo que antes sabias “aceitável”… agora enjoa.

 

Porque a verdadeira cura começa quando deixas de confundir excesso com amor.

 

Bárbara Pereira ✍️ 

 

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