Fiquei a ouvir uma médica falar que “socializar aumenta a saúde cognitiva e pode até atrasar a demência em 5 anos.” E eu acredito. Mas enquanto a ouvi, tive um pensamento de Bárbara-real-espero-que-o-estudo-me-perdoe: socializar só faz bem quando não estamos a usar os outros para fugir de nós. Porque há quem socialize sem estar presente. Há quem marque cafés como quem marca comprimidos: um por dia, para não sentir nada.
Diz, que socializar é tão importante para o cérebro como ir ao ginásio. E eu até concordo, mas com uma nuance: ninguém avisou que, tal como no ginásio, há treinos que nos lesionam.
Sim, socializar faz bem. Mas depende com quem, porque estar rodeada de gente também pode causar danos cognitivos, especialmente se forem pessoas que repetem sempre o mesmo argumento, contam sempre os mesmos problemas ou só aparecem para reclamar do mundo… e do teu cabelo.
🎭 Vamos ser pragmáticas: Isolamento social não é o mesmo que fuga estratégica para manter a saúde mental intacta.
E há convites que não são encontros… são drenagens de energia.
Chamam-lhe “falta de vida social”.
Eu chamo-lhe seleção natural de vínculos.
🎭 Socializar para não sentir
Não é convívio.
É distração profissional.
🫠 Gente que não pára em casa porque tem medo do silêncio.
🫠 Gente que vive ocupada para não ter de se ouvir.
🫠 Gente que só está rodeada para não estar consigo.
Isso não é socializar.
Isso é fugir com bilhete coletivo.
🌫️ Pessoas que estão… sem estar
Há quem esteja num jantar e não esteja no jantar.
Está no telemóvel, está a pensar no trabalho, está a observar, está a comparar, está a tentar parecer bem.
Mas não está.
E eu pergunto: Qual é o benefício de socializar… se a alma ficou em casa?
A diferença entre estar acompanhada e acompanhada de verdade:
Estar com pessoas não significa trocar vida. Significa trocar presença.
Se eu estiver contigo, mas estou a competir, a fingir, a mostrar, a tentar provar não sei o quê, estou sozinha na mesma. Só que em grupo.
Por isso, o isolamento social não é sempre solidão. Às vezes é só o corpo a dizer: “Eu não quero companhia. Eu quero verdade.”
💛 O valor da presença real
Eu adoro socializar. Adoro partilha. Adoro pessoas.
Mas mais do que isso: eu adoro encontro.
Aquele encontro onde tu não estás a usar ninguém para fugir de ti, nem a usar conversa para te distrair da tua vida, mas sim a partilhar vida com vida.
Isso sim faz bem ao cérebro, à alma e ao destino.
🍃 Conclusão da Mulher Real
A medicina fala de socialização.
Eu falo de encontro.
Porque não é estar com pessoas que cura, é estar com verdade.
Socializa.
Mas não para fugir.
Para te encontrar também.
📝 “Socializar cura. Fugir acompanhado não.”
Bárbara Pereira ✍️
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