📖📚 Escrevo Muito? O meu silêncio é muito pior, acredita. 🤗

Publicado em 13 de novembro de 2025 às 22:33

Quem me vê a escrever todos os dias acha que eu “falo demais”. Fofas… se tu soubesses o que acontece quando eu decido não falar, até agradecias estes textos. Porque o meu silêncio não é calmo — é um vulcão em meditação. Pode até ser cortante e um fim definitivo. É o tipo de silêncio que acende alarmes espirituais, faz tremer egos, e põe o universo a perguntar: “Ela está bem ou vai mudar de vida outra vez?”

Eu sei.

Eu escrevo muito.

Escrevo demais.

E antes que alguém pense “meu Deus, que exagero”… devia era ouvir-me a falar quando me sinto à vontade. Acreditem: os meus textos ainda são a versão silenciosa de mim. 😏

Mas o curioso é que isto vem do extremo oposto. Durante anos fui a mulher que engolia palavras, guardava dores numa gaveta interna, silenciava o que doía, e só falava para dentro, como quem escreve um diário invisível no peito.

Foi preciso crescer, cair, renascer, e dar a mão à minha própria alma para perceber que a força também está nas palavras, que o que eu antes só conseguia escrever às escondidas agora eu vivo, assumo e digo, não porque perdi a timidez, mas porque ganhei verdade.

 

Hoje, sou essa mistura estranha e bonita: falo muito quando confio, sou silêncio quando ainda me recolho, e escrevo sempre — porque a escrita foi a única ponte que nunca caiu, a única voz que nunca me abandonou, e o primeiro sítio onde aprendi a existir inteira.

 

E tenho plena consciência disso.

Tenho noção de que as minhas crónicas e publicações não são para quem vive a correr, a tropeçar nos dias e a sobreviver à pressa como se a vida fosse uma checklist infinita.

As minhas palavras pedem pausa.

Pausam o peito, abrem espaço, puxam pela alma. E eu sei… nem toda a gente está habituada a isso.

Mas há uma coisa que me intriga: toda a gente diz que não tem tempo. E, sinceramente, eu acredito. Acredito que o tempo escapa — não porque não exista, mas porque o gastamos como quem despeja água por um balde furado.

 

Não temos tempo:

para sentir,

para escutar,

para parar,

para olhar para dentro.

 

Mas temos tempo para desastres emocionais, para notificações infinitas, para discussões que não levam a lado nenhum, para dramas reciclados, para mexericos de aldeia (sim, aqueles clássicos), para expectativas dos outros, para rolar feeds até adormecer a alma.

 

E depois dizemos:

Não tenho tempo para ler.”

“Não tenho tempo para mim.”

“Não tenho tempo para sentir.”

 

A grande verdade? Não falta tempo. Falta prioridade. E falta coragem para admitir isso.

 

Eu escrevo muito, sim.

Porque acredito profundamente que, se não tivermos tempo para escutar a nossa própria alma… então estamos a viver para quê? 

 

Se não temos tempo para autoconhecimento, se não temos tempo para a nossa cura, se não temos tempo para parar e olhar honestamente para nós mesmas

Então estamos a investir a nossa vida em quê? Em quem?

 

As minhas crónicas são longas porque a cura também é. Porque a alma não cabe em frases de cinco palavras.

 

Porque o coração precisa de capítulos inteiros para se lembrar de quem é. E porque — sejamos sinceras — há vidas que só se salvam quando alguém escreve exatamente aquilo que tu estavas a tentar sentir mas não conseguias dizer.

 

Por isso sim.

Eu escrevo muito.

(E não peço desculpa por isso).

As minhas palavras não são para ocupar tempo, são para devolver tempo.

 

Tempo emocional.

Tempo de verdade.

Tempo de encontro.

Tempo que tu perdeste em tudo o que não era teu… e finalmente voltas a encontrar em ti.

 

Se não tens tempo para ti… de que te adianta ter tempo para o mundo inteiro?

Porque, no fim, a pergunta mais honesta que posso fazer-te é esta: se não tens tempo para a tua cura… então o que é que estás a fazer com a vida que te foi dada?

E agora, um aviso meio sério, meio insolente — como tudo o que é meu: se até hoje não arranjaram tempo para cuidar de vocês, arranjem.

 

Não só porque a vossa alma precisa…

mas porque quando os meus livros saírem — e vão sair, vários — vocês vão querer acompanhá-los com calma, chá e maturidade emocional suficiente para aguentar algumas verdades e emoções profundamente tocantes. 

Preparem espaço na mesa de cabeceira, no coração e na vida. A escrita que hoje vos encontra aqui… em breve vai morar convosco em papel. 

E já agora, por favor, contribuam para a literatura nacional: eu escrevo com alma, vocês compram com amor — e toda a gente fica feliz.

P.S.: O meu Chico está a comer ração gourmet nível “príncipe dos felinos”.

Estou a sustentar um aristocrata peludo que acha que vive num spa holístico.

Portanto, sim: comprar os meus livros não é só cultura, é um ato filantrópico de apoio à nobreza felina desta casa. Ariel agradece em ronron e o Chico envia bênçãos com bigodes. 😌🐾✨📚

 

P.P.S.: A adulta responsável aqui de casa sou eu.

Infelizmente. Portanto, sim: ler os livros é também um ato solidário felino. 😌🐾💰📚

🌻

 

Bárbara Pereira ✍️

 

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