Há memórias que voltam sem aviso. Hoje, entre um suspiro e um chá 🫖 tardio, lembrei-me da Bárbara de há uns anos. A menina-mulher inexperiente, a alma cheia, a intuição a gritar mais alto do que o medo, e a coragem a fazer barulho por dentro, mesmo quando por fora parecia tudo improviso.
Foi em 2015.
Eu tinha acabado de fazer a minha iniciação de Reiki nível 1, depois o nível 2 (em 2014) e antes de perceber bem a dimensão da vida, fiz aquilo que as mulheres reais fazem quando escutam o coração: meti mãos à obra sem pedir autorização ao medo.
Abri o meu primeiro espaço.
Um consultório.
O meu consultório.
De Reiki, de cura, de energia, de fé, o embrião do que mais tarde se tornaria o Bem-Me-Quero.
Antes de ser página, antes de ser rubrica, antes de ser do mundo… foi portas abertas num prédio qualquer, onde uma menina com mais alma do que experiência acreditou no que ainda não sabia explicar.
E agora vem a parte que faz o universo rir baixinho: o edifício onde abri o espaço pertencia a um advogado. E o advogado chamava-se… Dr. Aladino.
Sim.
Aladino.
O do tapete mágico.
O que realiza desejos.
O que te concede três pedidos — desde que tu saibas pedir.
Agora que penso nisso, não foi coincidência. Foi sinal, daqueles que na altura achamos piada e, com os anos, percebemos que tinham propósito.
Abri o Bem-Me-Quero num prédio pertencente ao Aladino. Como quem diz:
“Menina, a tua vida vai ser isto: magia involuntária misturada com coragem consciente.”
E hoje olho para essa versão de mim e sorrio.
Porque antes de me perder no medo, eu já me sabia encontrar na intuição. Antes de me acomodar na zona de conforto de adulta, eu já tinha largado o chão e tentado voar.
Antes de saber quem era, eu já vivia como quem pressente a própria missão.
Era inexperiente, sim.
Mas era verdadeira.
Era corajosa.
Era inteira.
E o amor, esse amor enorme com que faço tudo o que toco, já estava lá.
Às vezes penso que, se eu tivesse três desejos como no conto, teria usado dois e deixado um guardado. Mas a verdade é que eu escolhi algo mais bonito: aprendi a ser o meu próprio génio da lâmpada 🪔💡.
A realizar desejos com trabalho, alma, quedas e renascimentos.
Porque não há coincidências. Há capítulos que só percebemos (muitos) anos depois.
E hoje entendi este: o Bem-Me-Quero nasceu no edifício de um Aladino… porque a minha lâmpada mágica sempre fui eu.
A coragem que tive naquele início foi o primeiro desejo cumprido. E tudo o que veio depois, páginas, livros, curas, palavras, futuro, foi só a continuação da magia.
E se alguém me disser que isto são coincidências, tudo bem — deixo ficar.
Nem toda a gente está preparada para perceber que o universo também tem sentido de humor.
Mas eu sei o que vivi.
Se o meu primeiro consultório nasce num prédio do Dr. Aladino…
desculpem lá, mas isto não é acaso: é o universo a piscar o olho e a dizer, com aquele sarcasmo divino que ele tem:
“Vai, menina. O tapete é teu.” 💛✨
🌻✨
Bárbara Pereira
A Mulher Real que já era luz antes de perceber que brilhava.
Deixa a tua estrela e ajuda a iluminar este espaço.
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