A dor não precisa nem deve ser romantizada. É comum ouvir frases como: “O que não mata, torna-te mais forte.” , “Mulher guerreira aguenta tudo.” , “Só quem sofre muito conquista de verdade.”
Mas a psicologia lembra: a dor não é medalha, nem condição obrigatória para a felicidade.
A dor faz parte da vida, sim. Pode ensinar, sim.
Mas romantizá-la é perpetuar a ideia de que só valemos se sofrermos.
🧠 O que a psicologia ensina?
– Sofrer não é sinónimo de evolução. Muitas pessoas passam por dor e não aprendem nada • apenas acumulam feridas.
– A força não vem só do sofrimento.
Ela também nasce do amor, do descanso, da alegria, do apoio.
– A romantização da dor cria padrões tóxicos:
✓ Mulheres que acreditam que precisam ser guerreiras incansáveis.
✓ Pessoas que aceitam relações abusivas porque “amor é sacrifício”.
✓ Almas que acreditam que só através das dificuldades merecem ser felizes.
✓ Profissionais que acham que só valem quando estão exaustos.
✓ Filhos que suportam pais tóxicos porque “família é para sempre”.
✓ Pessoas que confundem tolerância com amor.
✓ Quem se orgulha de nunca pedir ajuda, como se sentir fosse fraqueza.
✓ Quem acredita que descansar é preguiça e cuidar de si é egoísmo.
✓ Quem aguenta tudo e depois chama a isso “força”.
🌿 A verdade nua e crua
A dor não é requisito para a felicidade. A dor não valida quem és. A dor pode transformar, mas não precisa ser glorificada.
És tão merecedora de alegria quanto de superação.
És tão merecedora de paz quanto de força.
Reflexão:
✍️ Tens romantizado a tua dor como troféu, em vez de cuidar dela como ferida?
Com colo e consciência,
Bárbara Pereira
Psicóloga por vocação, terapeuta por alma 🤍
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