📅 A idade em que o joelho tem opinião própria Cheguei oficialmente àquela fase em que os meus joelhos dão as notícias antes do telejornal. Acordo e eles dizem: “vai chover.. Ou então: “vai ser um longo dia, Bárbara, prepara o espírito e o Voltaren.”
Não sei se é maturidade ou castigo cármico das vezes que ri dos velhotes a cozinharem às 7 da noite. Mas agora percebo.
Eles não jantavam cedo, eles sobreviviam ao metabolismo.
Cheguei também à idade em que preciso de 15 minutos para encontrar uma posição confortável… para pensar. E quando finalmente a encontro, o gato senta-se em cima das pernas.
Equilíbrio espiritual? Talvez. Dor lombar? Garantida.
E há outra coisa: não é que a mulher madura perca a paciência.
Ela apenas seleciona melhor as causas pelas quais está disposta a arriscar uma hérnia.
Chamam-lhe envelhecer. Eu chamo-lhe upgrade de consciência com joelhos sensíveis.
Não é cansaço, é sabedoria acumulada nas articulações.
🧠💜 A idade dos esquecimentos sagrados
Vocês já chegaram àquela idade em que vão fazer alguma coisa, chegam ao meio da cozinha… e esquecem o quê?
Sim, essa mesma.
Aquela idade em que te levantas decidida, convicta, quase heroína , e no meio do caminho o cérebro diz: “Calma. Vamos repensar esta missão.”
Durante muito tempo achei que era cansaço, falta de foco, défice de magnésio. Mas hoje percebo: é o universo a proteger-me de mim mesma.
— “Ah, querias mandar mensagem? Esqueceste.
De nada, querida. Foi livramento.”
— “Ias discutir? Pois claro, agora já nem lembras o motivo. Agradece.”
E é isto, meus amores: maturidade não é perder a memória, é ganhar filtro energético gratuito 🆓.
Chega um dia em que percebes: nem tudo o que dói é teu para curar.
Porque, sejamos honestas, o esquecimento da mulher madura é um ato de misericórdia divina. Uma espécie de: “Já que és teimosa, eu retiro antes que dê merda.”
🌙 A idade em que já nada me apetece… e é maravilhoso.
Há uma fase da vida — geralmente ali pelos 40 e qualquer coisa — em que deixamos de querer provar alguma coisa.
E começamos apenas a querer… paz.
E café.
Muito café. ☕
Já não discutimos com ninguém.
Não é iluminação, é preguiça.
Não temos energia para converter adultos mal resolvidos.
E, honestamente, a terapia está cara (mas façam, é o melhor investimento).
Chegamos à idade em que o “vamos ver” é uma resposta definitiva.
E o “como quiseres” significa “já percebi que és impossível, não insisto”.
Aos 40, a mulher madura não persegue nada — atrai. Mas se vier com drama, o campo energético devolve com juros.
Os 20 eram sobre descobrir quem éramos.
Os 30 sobre tentar consertar tudo e todos.
E os 40? São sobre sentar no sofá, olhar para o caos e dizer: “não é meu, logo não me mexo.”
Chegamos à idade em que:
✓ Preferimos silêncio a explicações.
✓ Preferimos gatos a promessas.
✓ E preferimos estar sozinhas do que mal acompanhadas, inclusive de nós mesmas nos dias maus.
A mulher madura não envelhece, afina a frequência. E quem não souber ouvir nessa nova sintonia… que vá estudar rádio espiritual. 📻✨
☕ Obrigada, Universo, por cancelarem.
Lembras-te daquela idade em que ficavas genuinamente ofendida quando alguém cancelava planos contigo?
Sentias o ego ferido, fazias análises existenciais, escrevias mentalmente um manifesto sobre reciprocidade.
Era pessoal. Sempre pessoal. “Como é que esta pessoa pôde?” — dizias, enquanto ensaiavas uma resposta fria, mas espiritualmente evoluída.
Pois é.
Aí chega a maturidade — e com ela, a bênção chamada “não me importo”.
Agora, quando alguém cancela, respiras fundo, olhas para o céu e dizes: “Obrigada, Deus. Obrigada, Universo. Obrigada, destino, por me devolver a paz, o pijama e a manta."
Chamam-lhe desistência social.
Eu chamo-lhe amor-próprio com sabor a descanso e ausência de stress.
Já não procuro emoção. Procuro estabilidade… e uma boa almofada.
A mulher madura já não se magoa com planos que não acontecem.
Ela entende: o cancelamento é a forma cósmica de dizer “fica quieta, vai descansar, a tua energia vale mais que esta saída.”
E se há lição nisto tudo é que — com a idade — a vida ensina-nos que os planos que não acontecem são, muitas vezes, os maiores livramentos.
Porque o verdadeiro “sim” vem com conforto, não com ansiedade.
Mulher madura não perde tempo.
Seleciona batalhas… e silencia grupos.
Porque chega uma idade em que olhas para algo, torces o nariz e dizes: — “Não gostei nada disto.”
Antigamente, fazias um escândalo. Drama Queen em ação.
Agora, respiras fundo, dás um gole no café e pensas: — “Mas também não vou fazer nada. A minha energia é mais cara que este drama."
Aprendes que nem tudo merece resposta, nem toda discussão precisa de testemunhas, e que o silêncio, quando bem usado, vale mais que qualquer argumento.
Maturidade é isto: perceber que podes ter opinião, mas não tens de travar todas as batalhas.
Porque há guerras que só o ego quer lutar — e o ego, coitado, já devia estar reformado.
📌 Notas finais:
Há uma paz que só chega quando aprendes a agradecer por aquilo que não aconteceu.
Não é desinteresse.
É auto-preservação energética com um toque de sarcasmo e colagénio.
A memória pode falhar, mas o instinto nunca se engana.
E se esqueceste o que ias fazer… talvez fosse exatamente isso o que devias.
Não é falta de juventude.
É excesso de experiência acumulada em ossos que já ouviram demasiado barulho da vida.
Bárbara Pereira ✨🌻
Madura o suficiente e não é sobre a idade.
Deixa a tua estrela e ajuda a iluminar este espaço.
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