Mulher madura

Publicado em 19 de outubro de 2025 às 14:56

📅 A idade em que o joelho tem opinião própria Cheguei oficialmente àquela fase em que os meus joelhos dão as notícias antes do telejornal. Acordo e eles dizem: “vai chover.. Ou então: “vai ser um longo dia, Bárbara, prepara o espírito e o Voltaren.”

Não sei se é maturidade ou castigo cármico das vezes que ri dos velhotes a cozinharem às 7 da noite. Mas agora percebo.

Eles não jantavam cedo, eles sobreviviam ao metabolismo.

Cheguei também à idade em que preciso de 15 minutos para encontrar uma posição confortável… para pensar. E quando finalmente a encontro, o gato senta-se em cima das pernas.

Equilíbrio espiritual? Talvez. Dor lombar? Garantida.

E há outra coisa: não é que a mulher madura perca a paciência.

Ela apenas seleciona melhor as causas pelas quais está disposta a arriscar uma hérnia.

Chamam-lhe envelhecer. Eu chamo-lhe upgrade de consciência com joelhos sensíveis.

Não é cansaço, é sabedoria acumulada nas articulações.

 

🧠💜 A idade dos esquecimentos sagrados

Vocês já chegaram àquela idade em que vão fazer alguma coisa, chegam ao meio da cozinha… e esquecem o quê?

Sim, essa mesma.

Aquela idade em que te levantas decidida, convicta, quase heroína , e no meio do caminho o cérebro diz: “Calma. Vamos repensar esta missão.”

Durante muito tempo achei que era cansaço, falta de foco, défice de magnésio. Mas hoje percebo: é o universo a proteger-me de mim mesma.

— “Ah, querias mandar mensagem? Esqueceste.

De nada, querida. Foi livramento.”

— “Ias discutir? Pois claro, agora já nem lembras o motivo. Agradece.”

E é isto, meus amores: maturidade não é perder a memória, é ganhar filtro energético gratuito 🆓.

Chega um dia em que percebes: nem tudo o que dói é teu para curar.

Porque, sejamos honestas, o esquecimento da mulher madura é um ato de misericórdia divina. Uma espécie de: “Já que és teimosa, eu retiro antes que dê merda.”

🌙 A idade em que já nada me apetece… e é maravilhoso.

Há uma fase da vida — geralmente ali pelos 40 e qualquer coisa — em que deixamos de querer provar alguma coisa.

E começamos apenas a querer… paz.

E café.

Muito café. ☕

Já não discutimos com ninguém.

Não é iluminação, é preguiça.

Não temos energia para converter adultos mal resolvidos.

E, honestamente, a terapia está cara (mas façam, é o melhor investimento).

Chegamos à idade em que o “vamos ver” é uma resposta definitiva.

E o “como quiseres” significa “já percebi que és impossível, não insisto”.

 

Aos 40, a mulher madura não persegue nada — atrai. Mas se vier com drama, o campo energético devolve com juros.

Os 20 eram sobre descobrir quem éramos.

Os 30 sobre tentar consertar tudo e todos.

E os 40? São sobre sentar no sofá, olhar para o caos e dizer: “não é meu, logo não me mexo.”

Chegamos à idade em que:

✓ Preferimos silêncio a explicações.

✓ Preferimos gatos a promessas.

✓ E preferimos estar sozinhas do que mal acompanhadas, inclusive de nós mesmas nos dias maus.

 

A mulher madura não envelhece, afina a frequência. E quem não souber ouvir nessa nova sintonia… que vá estudar rádio espiritual. 📻✨

Obrigada, Universo, por cancelarem.

Lembras-te daquela idade em que ficavas genuinamente ofendida quando alguém cancelava planos contigo?

Sentias o ego ferido, fazias análises existenciais, escrevias mentalmente um manifesto sobre reciprocidade.

Era pessoal. Sempre pessoal. “Como é que esta pessoa pôde?” — dizias, enquanto ensaiavas uma resposta fria, mas espiritualmente evoluída.

Pois é.

Aí chega a maturidade — e com ela, a bênção chamada “não me importo”.

 

Agora, quando alguém cancela, respiras fundo, olhas para o céu e dizes: “Obrigada, Deus. Obrigada, Universo. Obrigada, destino, por me devolver a paz, o pijama e a manta."

Chamam-lhe desistência social.

Eu chamo-lhe amor-próprio com sabor a descanso e ausência de stress.

Já não procuro emoção. Procuro estabilidade… e uma boa almofada.

 

A mulher madura já não se magoa com planos que não acontecem.

Ela entende: o cancelamento é a forma cósmica de dizer “fica quieta, vai descansar, a tua energia vale mais que esta saída.”

 

E se há lição nisto tudo é que — com a idade — a vida ensina-nos que os planos que não acontecem são, muitas vezes, os maiores livramentos.

Porque o verdadeiro “sim” vem com conforto, não com ansiedade.

 

Mulher madura não perde tempo.

Seleciona batalhas… e silencia grupos.

Porque chega uma idade em que olhas para algo, torces o nariz e dizes: — “Não gostei nada disto.”

Antigamente, fazias um escândalo. Drama Queen em ação. 

Agora, respiras fundo, dás um gole no café e pensas: — “Mas também não vou fazer nada. A minha energia é mais cara que este drama."

Aprendes que nem tudo merece resposta, nem toda discussão precisa de testemunhas, e que o silêncio, quando bem usado, vale mais que qualquer argumento.

 

Maturidade é isto: perceber que podes ter opinião, mas não tens de travar todas as batalhas.

Porque há guerras que só o ego quer lutar — e o ego, coitado, já devia estar reformado.

 

📌 Notas finais:

Há uma paz que só chega quando aprendes a agradecer por aquilo que não aconteceu.

 

Não é desinteresse.

É auto-preservação energética com um toque de sarcasmo e colagénio.

 

A memória pode falhar, mas o instinto nunca se engana.

E se esqueceste o que ias fazer… talvez fosse exatamente isso o que devias.

 

Não é falta de juventude.

É excesso de experiência acumulada em ossos que já ouviram demasiado barulho da vida.

 

 Bárbara Pereira ✨🌻

Madura o suficiente e não é sobre a idade. 

 

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